Quando o sonho de ter filhos se torna uma realidade desafiadora, muitos casais recorrem a métodos de reprodução assistida para alcançar a tão desejada gravidez. Entre esses métodos, o coito programado se destaca como uma opção, muitas vezes, eficiente e acessível.
Neste artigo, exploraremos então mais a fundo o coito programado, que é considerado um método de baixa complexidade.
O QUE É COITO PROGRAMADO?
O coito programado, também conhecido como relação sexual programada, consiste em duas etapas: a indução ovariana e o agendamento estratégico das relações sexuais.
Na indução ovariana, a mulher recebe medicações hormonais que estimulam os ovários a produzirem folículos ovarianos, que são as estruturas que abrigam os óvulos. Esse medicamento aumenta as chances de gravidez, já que proporciona um maior número de óvulos disponíveis para fecundação.
A indução ovariana geralmente começa no início do ciclo menstrual, e a mulher recebe doses diárias de hormônios, enquanto o crescimento e a quantidade de folículos são monitorados por exames de ultrassom.
Quando os folículos atingem o tamanho desejado, é administrado um medicamento para desencadear a ovulação (o rompimento dos folículos e a liberação dos óvulos), que ocorre algumas horas após a aplicação do remédio.
Nesse momento, as relações sexuais são, então, programadas de forma estratégica.
Após a ovulação e a relação programada, a mulher pode fazer um teste de gravidez depois de duas semanas.
Caso as tentativas com o coito programado não resultem em uma gravidez bem-sucedida, pode ser necessário considerar outros métodos, como a fertilização in vitro (FIV).
PARA QUEM O COITO PROGRAMADO INDICADO?
O coito programado pode ser recomendado para mulheres que enfrentam problemas relacionados à ovulação, o que pode incluir, por exemplo, casos de síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Como a qualidade dos óvulos é afetada pela idade, esse também é um fator que é levado em conta, então o coito programado é indicado para mulheres com até 35 anos. Em idades mais avançadas e dependendo do caso, técnicas de maior complexidade podem ser consideradas, como a FIV.
Também pode ser uma opção inicial de tratamento em quadros de infertilidade sem causa aparente (ISCA), quando não há uma causa específica identificada para a infertilidade do casal.
Além disso, mulheres que possuem endometriose leve podem se beneficiar da relação sexual programada.
É importante ressaltar que a escolha desse método ou qualquer outra forma de tratamento deve ser feita em consulta com um médico especializado, levando em consideração a situação do casal e suas necessidades individuais.
Também é fundamental destacar que, antes de tudo, é necessário que tanto o homem quanto a mulher façam exames para avaliar sua saúde como um todo.
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Dr. Ricardo Luba
Especialista em Reprodução Assistida
CRMSP: 113528 RQE: 343951